domingo, 17 de fevereiro de 2013

As más notícias do outro lado do Atlântico

Ser jovem e ser espanhol não está nada fácil. Em um país em que 26% da força de trabalho está desempregada, os maiores afetados, como sempre, são os jovens. 55% deles estão nessa condição.

Assim como foi a década de 90 para os brasileiros, na Espanha o diploma não é sinônimo de ocupação. Alguns jovens recém-formados falsificam seu grau de formação para concorrer a empregos de gari ou de carteiro. O pessimismo é o sentimento comum.

Sobrou para o rei Juan Carlos I ("por qué no te callas?"), vaiado na final do torneio nacional de basquete espanhol. Nunca antes na história deste país um monarca havia recebido tal manifestação dos súditos.

Já são 6 milhões de espanhóis desempregados. Quando eclodiu o movimento Indignados, eram 4 milhões. O país vai se afundando na crise.

Aliás, esta foi uma péssima semana de notícias para os europeus, principalmente os da península ibérica. Portugal findou 2012 contabilizando quase 1 milhão de desempregados (16,9% da população) e o PIB da Alemanha, o país forte da crise, recuou 0,6% no quarto trimestre do ano passado.

Enquanto isso, no Brasil, uma pesquisa realizada recentemente pela CareerBuilder, site americano de recrutamento de mão-de-obra, demonstrou que, dentre 6 mil profissionais de RH de todo o mundo, 71% dos recrutadores brasileiros pretendem contratar mais trabalhadores ao longo de 2013, enquanto apenas 5% falam em demissão. Os números superam as expectativas em países como China, Índia e Rússia.

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