quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A década da inclusão no Brasil

Há 10 anos, o Brasil dava largada à superação do pessimismo e desesperança que afligiam o conjunto da sociedade. Lembro-me bem do outdoor da campanha de FHC, em 1998, com os dizeres: "o presidente que venceu a inflação vencerá o desemprego". Não venceu, pelo contrário, aprofundou-o, e o tema ocupou com centralidade o processo eleitoral de 2002, em que saiu vencedor o operário, fundador do PT e maior liderança sindical do país, Luís Inácio Lula da Silva.

Em um mundo em que a desigualdade interna tem se aprofundado em 2 a cada 3 países, a expressão "década de inclusão" é um termo que sintetiza bem o quadro de mudanças vividas pelo povo brasileiro desde então. Costumava-se dizer que, no nosso país, na escala de ascensão social, o pobre subia de escada e o rico de elevador. Ou mesmo que os mais pobres deveriam ter a paciência de esperar o bolo crescer para depois abocanhar sua parte. Sabemos para quem terminou mal essa historia, com o índice de desigualdade (Gini) saltando de 0,49 no início da década de 40 para 0,63 ao final da década de 80.

Com as políticas de transferência de renda, em especial o bolsa família, mais a redução do desemprego, foi possível reverter aquela máxima do ex-presidente Médici, de que "no Brasil a economia vai bem, mas o povo vai mal". Entre 2001 e 2011, a renda dos 10% mais ricos cresceu 16,6% e a dos 10% mais pobres saltou 91,2%. Foram 15,3 milhões de empregos formais criados na era Lula, o que reduziu drasticamente o número de brasileiros na classe E de um terço para 18,5%. Na classe C esses números variaram de 44% para 52%.

Esse é o bolo de crescimento que nosso país precisa, aquele com maior fermento na base. No dia de hoje, em que se comemoram os 10 anos de um novo ciclo de autoestima do Brasil, o sentimento comum é de otimismo e de confiança no futuro. Sentimento compartilhado com 57% dos brasileiros de que 2013 será um ano de prosperidade. Somos um dos povos com maior índice de confiança. É um novo Brasil que tem se descortinado para si e para o mundo.

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